Outras palavras traz a poesia de Michelle Nicié e, com ela, seus espaços, descompassos, suas cartilagens sutis/apaixonadas/errantes pela paulicéia desvairada.
Carlos Eduardo
SAMPAGRÁFICAS
Para S
“There are so many special people in the world”
Há lugares em mim
Pés e ruas
Camas e encontros
Hotéis e abraços
DESCOMPASSO
Museus e olhos
Barulhos e cansaços
Mais abraços
ESPAÇOS
Teus olhos em mim
Meus olhos para fora
Lá me encontro comigo/contigo
PASSANTE ANDARILHA ERRANTE
Me perco e me acho
A cada esquina
Da Avenida Paulista
EXPERIÊNCIA MÍSTICA
Apenas caminho sem vacilar
Sem tropeçar no instante.
Michelle Nicié
2 comentários:
Querida Cláudia,
ADOREI o seu comentário.
Baudelaire é mesmo apaixonante... Essa vai para você:
"Quero, para compor os meus castos monólogos, Deitar-me ao pé do céu, assim como os astrológos,
E, junto aos campanários, escutar sonhando
Solenes cânticos que o vento vai levando.
As mãos sob o queixo, só, na água-furtada,
Verei a fábrica em azáfama engolfada;
Torres e chaminés, os mastros da cidade,
E o vasto céu que faz sonhar a eternidade".
Charles Baudelaire, "Paisagem", In As Flores do Mal/ Les Fleurs du Mal.
Beijos baudelairianos...
M.
AO LEITOR
"Se o veneno, a paixão, o estupro, a punhalada
Não bordaram ainda com desenhos finos
A trama vã de nossos míseros destinos,
É que nossa alma arriscou pouco ou quase nada."
C. Baudelaire - Les fleurs du mal.
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