Do alto de meus intervalos, abismei um olhar sobre o mar: ondas varreram minhas praias, noites ofuscaram meu cansaço, minhas mãos trêmulas decantaram desamparadas sobre frágeis inspirações. Alisei uma pedra como se fosse uma lâmpada mágica. Desesperança: não saiu um gênio de seu interior. Nenhuma palavra. Mas eu queria falar para os intervalos que me habitavam. Reuni todas as forças e gritei o mais alto que pude. Uma, duas, muitas vezes. Não houve resposta. O silêncio sempre é uma resposta, habituei. Os silêncios são meus intervalos, deduzi. As ondas continuavam a bater contra meus ombros. Estava cansado do dia.
Deitei sobre a luz que ainda havia. Esperei que a noite pudesse a-dor-mecer os insultos e os temores infantis. Sonhei...
6 comentários:
Há resposta nos silêncios, mas nem sempre compreendemos.Texto para refletir, Carlos Eduardo! Bj
Sonhei .... Fugi .... Acordei. E...
Ou pirava, ou ia à luta.
Ainda bem que a ESPERANÇA existe.
Vamos à luta.
Abçs
gostei muito, Carlos.
às vezes gosto tanto que nem digo nada. verdade.
abraço
Obrigado pelo carinho, Marta
O que faríamos sem os sonhos?
beijos
Anne
Lindo, Carlos.
Ótimo foi retornar aqui...
Beijo!
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