terça-feira, 26 de abril de 2016

Lisboa, Lisboa


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Lisboa, Lisboa, por que não moro em tuas casas? 
Tão docemente coloridas e de antigas roupas nas janelas?
Por que não me abrigas em tuas suaves mansardas?
Ó Tabacaria que abriga o Esteves e minh'alma vadia.
Azulejos tão meus que sinto o roçar de meus dedos em tuas cores.
Teus vinhos, teu Porto, identidade nacional, rubra também de vossa bandeira.  
O elétrico que sobe vagaroso tuas sete colinas, nele também estou. 
No Castelo de São Jorge, lindo minarete de onde descortino a multidão de telhados de cor inigualável.
Ó Tejo, rio caudaloso, recebe de volta minha nau na berma de tua vau.
Ó terra, ó saudosismo sem fim, atira para longe este louco,
que te ama e chora daqui.
Ou beije-me sofregamente como a um amante 
e aproxima-te de vez deste poeta que habita em mim. 
Abriga-me ó Lisboa. Abriga este desamparado nas palavras
para que elas habitem também os teus lábios.
Lisboa, Lisboa, Lisboa.