Sou sempre estrangeiro das minhas palavras.
A cada vez me apresento como se não as conhecesse.
E recomeço a cada dia com uma palavra nova em meus olhos.
É preciso namorá-la, digo para mim mesmo.
Então pego lápis, papel, óculos e talvez o notebook.
Escrevo seu nome uma enormidade de vezes até que não seja mais um nome, mas uma parte de minha pele.
É quando me sinto totalmente vestido da nova palavra que me despeço das roupas. E a cada nudez é uma parte de um texto que começa a brotar até que meu corpo todo se torne um livro para sua leitura.
Quanto menos visível estou, mais nítidas se tornam minhas palavras.
4 comentários:
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A obra, por melhor que seja, não é somente uma obra, é o próprio ser. O que mais pode se desejar de um autor?
Obrigado, Teresinha pela tua leitura.
bjs
CEL
Namoro as palavras desde o dia em que descobri que o dizer nos refaz e transforma os ditos que somos a cada segundo...
Belo blog. Parabéns.
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