domingo, 16 de outubro de 2011

Saudade


Odisseia





Há um ódio que não estanca,
Há um amor que não desanuvia,
Há uma queimação que desassossega,
Há um frio que não abraça.
Porém, de tudo o que a antiga musa canta, vida é o que não há. E o nome luso-brasileiro para isto é saudade. Saudade não estanca, não desanuvia, não sossega e não abraça. Tenho saudades de mim. Tenho saudades de mim contigo. Tenho saudades a fazer litoral para minhas ondas. Tenho saudades cá nesta região, neste sítio do meu corpo que só tu conheces e, por conheceres tão bem, inaugura-me já com teus beijos.

(Ainda lendo com sotaque português)




4 comentários:

Anônimo disse...

senti a saudade de um amor que se quer por perto e não se tem e, por isso, se inquieta a alma e pesa o coração.
Lindo!
MSenra.

Carla Ceres disse...

Sim, senhor, Carlos Eduardo! Isso é poesia pura, de se tirar o chapéu. Parabéns!

celeal disse...

Obrigado Monica,
:)

celeal disse...

Carla,
Obrigado pela sua leitura sensível.