Odisseia
Há um ódio que não estanca,
Há um amor que não desanuvia,
Há uma queimação que desassossega,
Há um frio que não abraça.
Porém, de tudo o que a antiga musa canta, vida é o que não há. E o nome luso-brasileiro para isto é saudade. Saudade não estanca, não desanuvia, não sossega e não abraça. Tenho saudades de mim. Tenho saudades de mim contigo. Tenho saudades a fazer litoral para minhas ondas. Tenho saudades cá nesta região, neste sítio do meu corpo que só tu conheces e, por conheceres tão bem, inaugura-me já com teus beijos.
(Ainda lendo com sotaque português)
4 comentários:
senti a saudade de um amor que se quer por perto e não se tem e, por isso, se inquieta a alma e pesa o coração.
Lindo!
MSenra.
Sim, senhor, Carlos Eduardo! Isso é poesia pura, de se tirar o chapéu. Parabéns!
Obrigado Monica,
:)
Carla,
Obrigado pela sua leitura sensível.
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